23/01/2012

Socialização – Pistas de reflexão

Seguem-se possíveis pistas de reflexão para os grupos, que poderão seguir outras linhas de pensamento.

Amor Romântico

Aprendemos a esperar que os parceiros sintam entre si atracção psicológica e física, que sejam compatíveis e comecem a construir uma história comum. Provavelmente os filhos serão as “fundações” desse futuro comum. Mas deu-se uma importância tal à satisfação pessoal no casamento, que os valores individualistas podem levar facilmente ao divórcio… Será por a esperança no amor que as pessoas vão vivendo sucessivas experiências?

Corpo

O corpo como elemento isolado da pessoa nem existe. Só é possível concebê-lo como elemento isolável em sociedades de tipo individualista onde o corpo assinala a fronteira viva, em relação aos outros, da soberania da pessoa. O padrão 86-60-86 já não é hoje uma referência universal na sociedade ocidental (ver plus size models). Estarão hoje as jovens mais conscientes da sua liberdade ou conformaram-se ao fast-food e ao sedentarismo?

Justiça Social

As tecnologias permitem uma produtividade crescente, mas grande parte da população queixa-se de falta de recursos agravada pela austeridade. Realmente há cada vez mais riqueza, mas desde 1975 esta tem ficado cada vez pior distribuída, e encontramo-nos hoje pior que durante o Estado Novo. As políticas ultimamente prosseguidas e anunciadas só podem contribuir para uma repartição do rendimento ainda mais injusta. Podemos documentar isto estatisticamente com facilidade. E as pessoas comuns, têm tempo/paciência/conhecimento ao longo das suas vidas para se aperceberem do agravamento desta disparidade?

Papel da Mulher

As Taxas de Actividade em Portugal são superiores às da UE, porque os salários são mais baixos. Mas provavelmente também somos um povo individualista, e mesmo tendo a hipótese de não trabalhar, aprendemos que o emprego garante determinada independência. Quantas mulheres (quantos homens) estariam hoje dispostos a abdicar do emprego pela família?

Preconceito

Ao longo do processo de socialização as vítimas de estigmas (acabam por ser vítimas de preconceitos) aprendem estratégias de sobrevivência interessantes. Em que medida conseguem fazer uma vida normal? Proponho mudança para este tema porque encontrei na Internet o livro ESTIGMA, de Erving Goffman, clássico de Sociologia que poderá ser a vossa bibliografia.

Preconceito Racial

A sociedade portuguesa é tolerante e não se têm visto grandes manifestações racistas porque os portugueses não têm empregos bem remunerados para perder. Vivemos numa situação de crise que irá prolongar (referida em Justiça Social), em que o problema passará a ser manter um qualquer emprego. Será o processo se socialização suficiente para assegurar a brandura de costumes dos lusitanos?

Gráfico das Taxas de Actividade em Portugal e na UE

Fazer um Gráfico no PORDATA

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