A economia portuguesa encontra-se aberta ao exterior num grau análogo ao de numerosos outros países.
http://dx.doi.org/10.1787/888932503797
Mas a inexistência de um sector industrial será uma das razões que justifica o défice estrutural da balança corrente, abaixo indicado em percentagem do PIB.
http://dx.doi.org/10.1787/888932504272
O desenvolvimento das TIC nunca foi um ponto forte da sociedade portuguesa, mas desde que a Internet passou a ser comercializada - desde 1990(*) - mudou as rotinas diárias das famílias.
Os meios de comunicação também têm sentido necessidade de se adaptar ao meio electrónico. Vivemos num paradigma em que o jornalista escrevia notícias padronizadas para uma massa de leitores, emergindo agora a sua integração em redes sociais onde estes ainda não descobriram um modelo de negócio.
O teórico mais respeitado dos meios de comunicação é Marshall McLuan. Para ele “As sociedades têm sempre sido redesenhadas mais pelas características dos meios de comunicação utilizados pelos homens que pelo conteúdo da comunicação”.
Todos os media são extensões de algumas faculdades humanas, mentais ou físicas. A roda é uma extensão dos pés. O livro é uma extensão dos olhos. A roupa é uma extensão da pele. Os sinais eléctricos são uma extensão do sistema neuronal-central. A forma como são transmitidos estes sinais afecta a forma como nós pensamos, e quando muda o modo de transmissão a sociedade também muda.
Estamos habituados a pensar excessivamente no conteúdo das mensagens, mas como nos recorda Marshall McLuan, “o meio é a mensagem”, o meio é uma provocação, uma forma de pedir atenção, não é qualquer coisa neutral, desenha o mapa, sobretudo quando o meio é novidade. Eis alguns dos seus tweets:
Não interessa o que você diz ao telefone; o facto é que você está lá.
À velocidade da luz não existe uma sequência; tudo acontece de uma só vez.
Nosso novo ambiente eléctrico obriga ao empenho e participação e preenche as necessidades psíquicas e sociais do homem em níveis profundos.
A extensão de nosso sistema nervoso como um ambiente de total de informação é uma extensão do processo evolutivo.
A aldeia global é um lugar de interfaces muito difíceis e situações muito abrasivas.
Os novas mídias procuram que você se envolva e tome parte da acção.
Quando a informação se torna totalmente ambiental e instantânea, é impossível ter monopólio do conhecimento.
Como é possível que o hardware do teu computador seja mais barato que a licença do Windows?
Uma pista interessante para responder a esta pergunta encontra-se no vídeo The Story of Stuff, a história das coisas, que apresenta a sociedade de consumo como motor do sistema capitalista.
Num post com 1000 palavras, pretende-se que tenha em consideração os seguintes objectivos:
- Constatar a aceleração das trocas e dos movimentos da população a nível mundial
- Referir as várias dimensões do fenómeno da globalização (económica, financeira e cultural)
- Explicitar a importância da globalização da economia referindo o papel das empresas transnacionais (ETN), frequentemente designadas multinacionais
- Explicitar o papel dos meios de comunicação (audiovisuais, agências de informação, imprensa, livros, publicidade, bases de dados, TIC, internet, etc.) na difusão cultural
- Explicar o papel dos meios de comunicação social na sociedade actual
- Relacionar a globalização com as novas representações sociais
- Aculturação. A língua inglesa como factor homogeneizador das culturas nacionais / As TIC como novas possibilidades de expressão de culturas minoritárias (o exemplo do Mirandês, Site para aprender Mirandês * Vídeo sobre o Mirandês )
NOTA
(*) A Internet começou a ser comercializada em 1990 pelo PUUG. O ISP de maior dimensão viria a ser a Telepac que começou a fornecer o serviço Internet entre 1992 e 1995, mas só partir de 1999/2000 se popularizará.
Recursos
- Aldeia Global, Marshall McLuhan
- Nativos Digitais vs. Imigrantes Digitais
- O MAIS QUE PROVÁVEL RETORNO AO SINGULAR E ÀS DIFERENÇAS
- Vídeo-Aula 1 sobre Globalização em brasileiro
- Vídeo-Aula 2 sobre Globalização em brasileiro
- Relatório de Riscos Globais 2012 (em inglês) - World Economic Forum - Versão Interactiva
- Relatório de Riscos Globais 2012 (em inglês) - World Economic Forum - Versão PDF
- Relatório de Riscos Globais 2012 (em inglês) - World Economic Forum - Vídeo Promocional
- Relatório de Riscos Globais 2012 (em português) - World Economic Forum - Sumário Executivo
- “Pela primeira vez em várias gerações, muitos indivíduos não acreditam que os seus filhos terão no futuro um padrão de vida melhor que o seu”, afirmou o Diretor Executivo responsável pelo Relatório
- Nem a cerveja SAGRES é portuguesa
- A China na Internet (em Inglês)
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